Resenha | A dica é atirar na cabeça em “A Noite dos Mortos-Vivos”, de John Russo

A Noite dos Mortos-Vivos e A Volta dos Mortos-Vivos – duas histórias que deram início ao apocalipse zumbi, pela primeira vez no Brasil. Uma história sobre a reanimação misteriosa de indivíduos recentemente mortos, e a luta das pessoas para sobreviver a essa terrível ameaça.

O terror se sente em casa quando chega por aqui. Dessa vez quero compartilhar com vocês, queridos leitores, minhas impressões sobre os romances A Noite dos Mortos-Vivos e A Volta dos Mortos-Vivos, ambos de John Russo e publicados juntos em um único volume pela editora DarkSide Books.

Vou falar um pouco sobre o primeiro romance, A Noite dos Mortos-Vivos, depois faço o mesmo ao passar para A Volta dos Mortos-Vivos. Ambos os romances vão tratar da história dos mortos-vivos, pessoas que morreram mas que por algum motivo acabaram “voltando a ter vida”. São criaturas que voltam da morte com um único desejo: carne humana. A história já começa em um cemitério, um local bem apropriado para o desenrolar da história. Conhecemos uma garota chamada Barbara e seu irmão Johnny, ambos estão no cemitério fazendo uma visita ao túmulo do pai já falecido. É aqui que vamos conhecer o primeiro morto-vivo, que aparece em determinado momento e entra em uma luta com Johnny. Nessa ocasião Johnny acaba morrendo (fique tranquilo, isso não é spoiler) e Barbara consegue escapar. A moça consegue abrigo em uma casa abandonada, lá ela vai passar um bom tempo, vai conhecer outras pessoas que ajudarão na luta pela sobrevivência. Vamos encontrar uma verdadeira guerra pela sobrevivência. Os mortos-vivos são seres horrendos, a única coisa que os movimenta é a compulsão por carne humana, carne fresca e quente. Não vou entregar muitos detalhes da trama, é mais interessante contar apenas o básico, porém, acho que vocês podem acabar desconfiando um pouco sobre o final desse enredo, já que pretendo falar um pouco sobre a continuação desse romance. De qualquer forma, fique tranquilo, o que tenho para dizer sobre a continuação desse romance não irá estragar em nada a sua experiência.

Em A Volta dos Mortos-Vivos dez anos se passaram e os mortos-vivos voltaram. Poucas pessoas acreditavam que algo do tipo pudesse voltar a acontecer, com exceção de grupos religiosos que durante todo o tempo tomaram precauções. Os personagens (maioria) são outros, com exceção dos mortos-vivos que voltaram para atormentar a vida dos humanos. A questão aqui é descobrir se as pessoas terão mais facilidade em lidar com essa ameaça agora que já possuem uma experiência ou se as coisas serão diferentes. Os mortos-vivos voltaram da mesma forma ou pior? Eis a questão.

O que posso adiantar é que em ambos os romances o terror, a violência, o sobrenatural e coisas do tipo são características predominantes. Até o momento não decidi qual das histórias mais me agradou, é uma escolha complicada. Achei o ritmo da história incrível, John Russo soube manter o clima em todas as partes do livro, em nenhum momento fiquei entediado com o desenrolar da história. Fiquei dividido com os personagens, amei alguns e odiei outros. Tudo isso colaborou para que eu tenha tido uma leitura prazerosa, onde me peguei várias vezes torcendo por determinados personagens. É uma leitura obrigatória para os fãs de terror, a ideia de mortos que voltam para devorar os vivos é realmente aterrorizante. Gostei muito do livro e indico para qualquer fã do gênero.

John Russo é escritor, roteirista e diretor, conhecido por sua participação na obra seminal de George Romero A Noite dos Mortos-Vivos (1968). Escreveu os roteiros para Midnight (1982), filme que também dirigiu; The Return of the Living Dead (1985) (não confundir com o romance de mesmo nome que acompanha este livro); e Night of the Living Dead (1990). Atuou em pequenos papéis como ator, o mais conhecido deles como o zumbi não creditado do clássico de 1968. Seus livros de não ficção Making Movies e Scare Tactics são considerados Bíblias do cinema independente e reverenciados por nomes como Steven Spielberg, George Lucas, Stephen King e Quentin Tarantino.

Como disse no começo, esse livro foi publicado pela querida DarkSide Books. Essa minha edição é a versão brochura, possui 320 páginas e um formato 14×21 cm. Com relação ao material do livro eu não tenho do que reclamar, possui todo o capricho que um clássico como esse merece, tem folhas amareladas, tamanho de fonte agradável, ilustrações, ótima divisão de capítulos e uma capa linda. Minha única queixa fica com relação à revisão do livro, pois encontrei alguns erros de português em ambos os romances. Isso não atrapalhou minha leitura, apenas estou pontuando algo que pode ser melhorado no futuro.

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5 comentários sobre “Resenha | A dica é atirar na cabeça em “A Noite dos Mortos-Vivos”, de John Russo

  1. Adoro suas resenhas. O texto muito bem escrito, como os outros e com imagens ótimas. Muito legal você falar da edição, a maioria das pessoas simplesmente omite isso, ou, como eu fazem em forma de ficha técnica. Prefiro a sua, confesso. Venho tentar melhorar a minha forma de escrever e os textos são uma inspiração. Depois passa lá e confere a minha última resenha, adoraria a sua opinião.

    Abraços

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